* * * *
Desenhavamos, aí, a nossa fuga. A Fronteira Atlãntica
nos cansava . . . ('?') . Até por que, era o momento de
ouvirmos os embevecedores cânticos das sereias que nos
" namoravam " para sermos, no curto e no longo prazos,
bons consumidores das indústrias germânicas e gaulessas,
em troca , lógicamente , das Grandes Migalhas ( a fundo
perdido ... '?' ) que vinham desses nossos " mui " amigos
" desenfreados " para nos levarem aos vícios tenebrosos
do consumo sem ! nada ! produzir ! . . .
Era nítida a fuga dessa fronteira que é , no mínimo,
igual a um outro Portugal !!! Foi uma " retirada " tão
perigosa quanto acovardada . Venderam - se os navios
para a sucata, tal o medo que sentimos do mar . Agora,
já estávamos em terra firme : " era a nossa praia " !. . .
Investíramos séculos de fé e sacrifícios mil , em jangadas,
barcaças , caravelas , navios e outros objetos para andar
sobre o mar e tudo se perdeu com medo - muito medo!
Finalmente (!!!) , enchiamos de razões as Carpideiras e
os Velhos do Restelo .
O mundo " Outdoor " era finalmente muito perigoso . Não
valeria a pena (!) , pois a alma já era muito pequena!
Haja conformismo ! Haja preguiça para formularmos novas
faces para a Filosofia Política . Nos dedicávamos às
redundâncias : fabricar produtos inteléctuais, sempre mais
dos mesmos . . .
Essa preguiça institucional e partidária , de nítido "feeling"
maldoso, nos levaria a vender, " definitivamente ", o corpo
e a alma a um Europaísmo desenfreado , ao qual nós ,
Lusitanos, nunca haviamos pertencido desde os idos do
1.143 . De Europa , nós só tinhamos a " obediência " que
" deviamos " aos " reis " da igreja de Roma que , na
época , detinham o poder espiritual e temporal . Assim,
mais ou menos , tal qual acontece com os persas de
hoje : se eles não se curvarem aos poderes espirituais,
políticos e temporais dos seus " papas " - aiátolas , pode-
rão acordar com o pescoço na sua " Santa Inquisição ",
ou em breve , talvêz , com uma " óstia " atómica na
sua língua ! ! !
Pois bem , que fique , então , muito claro, que nós
nunca foramos contra o potencial da Europa, se tivés -
-semos " alguma coisa " para vender nela , apesar de
não termos sido dalí durante todo o tempo do último
milénio ! ! ! Até por que, também , nunca tinhamos tido
a força para atravessar as terras " dos donos da Ibéria",
esses nossos amiguinhos do nosso vendilhão - Prêmio
Nobel da Literatura .
Gente ! ! !. . . , com todos eles, em todos os tempos, as
nossas chances sempre foram ZERO ! Em um milénio,
quem criou as nossas chances foramos nós , APENAS !
Sómente em nosso próprio terreno e nas águas do Atlân-
tico e , hoje , com os nossos postos avançados , na
Grande Fronteira Atlântica ! Fora disso , só vai ser
conversa para " o boi dormir " ! ! !
Essa é uma das grandes razões da
nossa quase ideia fixa de termos a
TAP, como a nossa única Plataforma
Estratégica ! ! ! . . . , para os Lusitanos
e a Lusitânidade .
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