Translate

terça-feira, 22 de novembro de 2011

DIA - 00017




                       *     *     *     *


Desenhavamos,   aí,   a   nossa   fuga.  A   Fronteira   Atlãntica

nos   cansava . . .  ('?') .  Até   por   que,   era   o   momento  de

ouvirmos  os  embevecedores   cânticos  das  sereias   que  nos

" namoravam "  para  sermos,   no   curto  e   no  longo  prazos,

bons  consumidores  das  indústrias   germânicas   e   gaulessas,

em   troca ,   lógicamente ,   das   Grandes  Migalhas ( a  fundo

perdido ... '?' )  que   vinham   desses   nossos  " mui "   amigos 

" desenfreados "  para   nos  levarem   aos   vícios   tenebrosos


do   consumo   sem !   nada !   produzir ! . . .

Era   nítida   a   fuga   dessa   fronteira    que   é ,   no   mínimo,

igual   a   um   outro   Portugal !!!   Foi   uma   " retirada "   tão

perigosa    quanto    acovardada .    Venderam - se   os   navios

para  a   sucata,  tal   o  medo  que   sentimos  do  mar .  Agora,

já   estávamos  em   terra   firme :  " era   a   nossa   praia " !. . .

Investíramos  séculos  de   fé  e  sacrifícios  mil ,  em  jangadas,

barcaças ,   caravelas ,   navios  e  outros   objetos  para  andar

sobre  o  mar   e  tudo   se  perdeu   com   medo - muito  medo!

Finalmente (!!!) ,   enchiamos   de   razões   as   Carpideiras   e

os   Velhos   do   Restelo .



O mundo  " Outdoor "  era  finalmente   muito  perigoso .  Não

valeria   a   pena (!) ,  pois   a   alma   já   era   muito   pequena!

Haja  conformismo !  Haja  preguiça  para  formularmos  novas

faces    para   a    Filosofia   Política .   Nos   dedicávamos    às

redundâncias :  fabricar   produtos   inteléctuais,  sempre   mais  

dos   mesmos . . . 

Essa  preguiça   institucional  e  partidária ,  de  nítido  "feeling"

maldoso,  nos  levaria  a  vender, " definitivamente ",  o  corpo

e  a   alma   a  um   Europaísmo   desenfreado ,   ao   qual   nós ,

Lusitanos,   nunca   haviamos   pertencido  desde   os   idos  do

1.143 .  De   Europa ,  nós  só  tinhamos  a  " obediência "  que

" deviamos "    aos  " reis "    da   igreja   de   Roma   que ,   na

época ,  detinham   o   poder   espiritual   e   temporal .   Assim,

mais   ou   menos ,   tal   qual   acontece   com   os   persas   de

hoje :   se   eles   não   se   curvarem   aos   poderes   espirituais,

políticos  e   temporais  dos   seus  " papas " -  aiátolas ,   pode-

rão  acordar   com  o   pescoço   na   sua  " Santa   Inquisição ",

ou   em   breve ,   talvêz ,   com   uma    " óstia "   atómica   na     

sua   língua ! ! !



Pois   bem ,    que    fique ,   então ,    muito    claro,    que   nós  

nunca   foramos   contra  o   potencial   da   Europa,   se   tivés -      

-semos  " alguma   coisa "    para    vender   nela ,    apesar    de

não   termos   sido   dalí   durante   todo   o   tempo   do   último

milénio ! ! !  Até   por   que,   também ,   nunca   tinhamos   tido

a  força   para  atravessar   as   terras  " dos   donos  da   Ibéria",

esses   nossos    amiguinhos    do    nosso    vendilhão  -  Prêmio

Nobel   da   Literatura . 

Gente  ! ! !. . . ,  com   todos   eles,   em   todos   os   tempos,  as

nossas   chances   sempre   foram   ZERO  !   Em   um   milénio,

quem   criou   as   nossas   chances   foramos   nós ,   APENAS !

Sómente  em  nosso  próprio  terreno  e   nas   águas  do   Atlân-

tico    e ,   hoje ,    com   os    nossos    postos    avançados ,  na 

Grande    Fronteira    Atlântica !     Fora    disso ,   só   vai   ser 

conversa   para   " o   boi   dormir "  ! ! !  

                 Essa   é   uma   das    grandes    razões    da

                 nossa   quase   ideia    fixa   de   termos    a  

                 TAP,   como   a   nossa   única   Plataforma

                 Estratégica  ! ! ! . . . ,    para   os   Lusitanos

                 e   a   Lusitânidade .

                  

 

    

Nenhum comentário:

Postar um comentário